segunda-feira, 23 de julho de 2012



Hoje o sol não amanheceu,
e isso não causou grande espanto.
Estrutura sólida interna me faz querer ir a merda,
mas não vou, pois agora sou e
caminho ao lado dos santos
mais puros, encantos obscuros
em cantos obscuros
enquanto, o que? merda.


o mundo em meu ombro me cobra
usando as próprias serras elétricas
que eu o presenteei


domingo, 22 de julho de 2012



Desde que deixei de ser orbitante para ser gravitacional. O que é que posso oferecer, senão mais fundos de poço? Não exalo cor, eu sugo. Horror estampado em meu estômago, como uma foto no verso do paiero. A melhor parte do  mais puro suco da ansiedade fica no fundo do liquidificador, pros insistentes. Duas garrafas de vinho, isso aqui parece a porra de uma lan house, mas eu to numa good. Grafo meu nome em tudo quanto é parede, pra tampar os ouvidos de quem não me entende. Eu não me entendo.


quinta-feira, 19 de julho de 2012



Eu perdi meu nome. Era uma tarde desgraçada regada a conhaque, paieros e outros. Procurei e perguntei pelas ruas mais cabreiras, como se não houvesse amanhã. Desisti de sentir meu próprio cheiro e de tocar um instrumento musical demonstrando virilidade, e não desespero. O nome voltou, mas eu já estava com outra garota, que não a primeira nem a terceira, e isso não me fazia sentir menos nojo de mim mesmo. Descobri uma nova palavra chamada fog. Ela não me fazia sentir repulsa. Adotei um novo nome, que não lama, nem nada assim de morfina. Eu me apresentava dizendo que foda-se o silêncio, quando eu quero o sagrado. O sagrado, ela me ligou de madrugada e disse, é uma expressão de um ser, algo como um nome. Eu é que me perdi dele.


terça-feira, 17 de julho de 2012





Jejum de afetos
minha voz escuto em mono
solitário só se pá, sorrateiro 
por onde anda meu sono

tá que tá de tanto demônio
que maldade é não confiar em simpatias
otário pelo receio em ter receio
redesenho pela manhã
o rei da cocaína
e seu sorriso me acalma
menos que algodões em ruínas

segunda-feira, 9 de julho de 2012


Lemmy kilmister, o cavaleiro inexistente e partido ao meio
beba-me, eu disse para alice.