sexta-feira, 25 de maio de 2012



um samurai toca a campainha de minha casa,
reverencia-me e se mata.
em prol de sua honra eu admito seu carma agora como sendo o meu
já que não sou pacato,
violência também me excita,
primitivismo preso por essa sua forma de ver a vida
eu sempre sei que a repressão virá de forma desumana
nossa mão esquerda trepida na harmonia do piano
tenho meus traumas subsequentes
por ininterruptas gerações
bem quando supostamente estaríamos livres
surge uma luta diária para não diluírem nossas canções
ao meu lado questionamentos
eu olho meus próprios olhos olharem
eu penso tanto e não penso nada,
meu primeiro poema que escrevi falava sobre privadas
me sento nela e leio um quadrinho qualquer
em mim promove o bem
na minha poesia,
machado de assis só entra sozinho
se o sabota não vem.
reverencio-me para os ausentes
e sigo o compromisso de correr e olhar o céu
já que boas notícias são raras



sábado, 19 de maio de 2012


digo que amanhã não vou mais estar neste quarto abafado
e isso não quer dizer nada
por isso digo também que as garotas
me confundem e me amam e me odeiam
mesmo sabendo que eu não quero dizer nada
e que isso não é nada para um mundo
em perigo por ouvir de menos o mundo
e demais as palavras da sintonia privada
que diz que essa besteira toda aqui é tudo,
e um excesso de vícios
explodindo em desgraça
com mais uns tiros de ciúmes
e olhos fechados de inocentes pais ausentes
isso, exato, isso
isso não dizem que é nada

domingo, 13 de maio de 2012



somos nós a justiça é o que mais escuto e que sou ansioso pra caralho pois construo outro mundo
sem humanos nem autônomos só de cães famintos e febre oca e terra oca e zeitgeist qieu não vou ver e os mutantes quieu não vou ouvir só tom de preguiça e se é verdade que jamais se avista uma outra boca daquelas eu já não troco por aquele par de olhos tristes lado a lado lá no chão, e que nem sabem que você está descalça no quinto verso e só você