sábado, 7 de janeiro de 2012

sábado

Falei que ia relacionar Jesus por fim com aquela história toda, mas neste lapso de dois dias eu já mudei de idéia quanto ao que eu disse.
Primeiro pois, empiricamente, fui devastado por um poema que fazia exatamente aquilo que disse eu detestar.
Segundo, pois, discutindo, percebi que busco coisas que nem sei bem o motivo. Sou o rei dos pressupostos infundados, mas agora pelo menos aceitando ser preciso revê-los e revalidá-los antes, ou durante, o inevitável processo de ficar bandeiras de convicções.
Ridículo, eu sei. Eu sou ridículo.
Terceiro, Kandinsky apareceu.
Será que a forma das coisas é tão importante mesmo?
No processo de tradução de impressões em expressões direcionadas, até que ponto são relevantes as decisões racionais do artistas (decisões formais)?
Vejo umas telas do menino, e o mais profundo que percebo é que nem sei direito o motivo de eu querer fazer todas essas coisas que faço na minha vida. Inquietação por inquietação cansa.
Ontem enquanto eu grafitava um muro, um camarada passou por lá e conversamos durante um tempo, até que ele precisou ir embora pois tinha de assistir televisão e mexer na internet.
O momento em que perdi essa leveza da minha vida é o momento mais triste dela.
Apesar deste texto não parecer, estou bem feliz hoje.
É que de pouco em pouco os filhos vão seguindo seu próprio caminho no mundo, independente da esquizofrênica bipolaridade de seus pais.
Até.

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