quarta-feira, 7 de março de 2012

quinta

já não me falta a mínima atenção necessária para não desperdiçar um cigarro, nem rodas de capoeira em câmera lenta, ou também extensos questionamentos filosóficos matinais acerca da força ideogrâmica e imagética de um mexicano profissional em luta livre, e, principalmente, já não me falta tudo aquilo que eu sempre fiz questão de não saber que existia, por exemplo as cores usadas como extensão de vazios, ou os vazios como extensões de silêncios, ou os silêncios como trilhas sonoras pra danças solitárias de essência quase shamânicas, tão fortes quanto um olhar apertado em direção a uma desconhecida, ou tão fracas quanto minhas certezas coerentes, mas de toda forma, nunca contornadas, para que eu me lembre de uma eterna ilusão, a do mundo ser solúvel num universo, que, aliás, eu já deveria já ter começado a construir, só que como já são duas da matina e amanhã já cedo eu já nem vou saber se tenho sono ou se é só um já, dito assim, já, só para marcar um momento, assim como já se foi o beijo de klimt, já não tão inevitável, simples já, um já.

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