quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

_Alo, pedro, aqui é o curirim, lembra, isso, isso, daquela viagem lá que fizemos juntos, filosofia, isso, isso, que viagem em mano,  não?
Mas e agora voltei pra vida unicamponesa e estou me reestruturando de casa comida e roupas nunca dantes lavadas.
Deixei um pé no ifch, parti com a cabeça pro ia, mas deixei um outro pé no iel, e é foda porque no fim das contas eu curto estar perdido, tentando olhar pra todo lado, consciência feito cachorro de apartamento no fim da tarde,  e o dia em que eu me achar vai ser chato, pois vai estar fixo.
To animado pro curso de artes e pras pessoas.
Sei não se tem cara de que tudo antes foi um preparo, por pensar que entrar na faculdade com 17 anos é besteira das maiores, ou por acreditar de fato em evolução. O que foi já foi e forá.
Estou matriculado numa porrada de disciplinas e meu plano inicial é tentar ir escrevendo e mostrando aqui no blog bastante as fitas que eu estiver estudando, produzindo e rolezeando. Posso mudar de idéia, mas até isso, pretendo comunicar.
Comunicar, comunicar. Tudo seria mais fácil se não existisse essa necessidade de comunicação. 
Não que as coisas estejam difíceis. Digo, sei lá. Acho que as coisas estão feias na Unicamp, politicamente falando. Não só lá, mas em Barão Geraldo, e em Campinas, e no Brasil.
Mas como sempre, o bom é ir tentando conciliar esse problemas gerais com os problemas de ordens existenciais, mais os amorosos, os familiares e os de produção de conhecimento, sem esquecer do essencial e mais difícil, que é um treinamento integral do olhar, pra ver que, os problemas existem, mas, acima de tudo, sou privilegiado pra caralho quanto ao acesso ao mundo.
Gostei de uma fita que um brother falou hoje sobre o Eduardo Galeano, que, ao ser chamado de intelectual, rebateu dizendo que intelectual é só uma cabeça, e ele gostava de estar de cabeça e sentimentos, em tudo.
Por aqui, eu só vejo a guerra: uma cabeça que sente muito pelos meus sentimentos, que só querem pensar, mas não sabem.
Ainda há tempo. Os maias nem eram assim tão sábios. Espero.



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