segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Segunda

Tempos assim nunca tive. Vejo o cigarro da minha vida queimando errado. Ponto cinza por ponto em brasa e nada há pra se fazer, a não ser continuar fumando. Ele vai queimar até apagar, trague eu ou não. Prefiro tragar. O ombro direito, o do bem. O canhoto, o sujeira. Um diz pra mim não me importar e seguir de cabeça baixa, rinoceronte bêbado passo adiante atrás de passo. O outro aumenta o volume do que estou ouvindo. É Itamar, aquela que diz que é fim de festa.  De fato já amanheceu, e eu não estou me importando de limpar a bagunça da festa sozinho. Tempos melhores virão, tempos que, daquele jeito que virão, nunca os tive.


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