quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sexta, quase
Um desenho escondido num bolso da mochila esquecido encontra mão desalenta. Faltavam-lhe os dedos na mão, os dedos dela. Hoje em dia é bem mais fácil sintonizar rádio na internet. A garota pensa que é bem mais difícil ouvir uma música quando se está ansiosa por uma mensagem subliminar, numa música que venha a ser dedicada, numa dedicatória semióticamente musicada. Um caminhão que partiu e não voltou para buscar a carga esquecida. Uma casa coberta apenas por brasilite, e uma perva que não aceita deitar num colchão cheio de pulgas. As pulgas que fugiram com o circo de soleil, e sempre pulam de alegria de ver um sorriso verdadeiro na oitava fileira, visão parcial, meia entrada, estudante. Um diário em folhas grossas costuradas palavras em imagens. Há mais vida em sofreguidão e sombrancelha colada.
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