sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sexxxta

Se tá difícil de achar o que anime, não subestime o poder de dar um rolê ouvindo a love supreme...
Quem me disse foi a Lurdez, porra, foda. Hoje acordei com saudade por bosta de Dublin, e principalmente, do frio do caralho lá. Sabem como é, nunca contente. Lá eu queria calor, agora eu quero frio. Deixei um grande amigo lá, Joby-jobá. Ontem lembrei dele, quando assisti um documentário sobre Drogas e a quetamina foi considerada uma das mais perigosas do mundo. Porra, até conhecer o Joby eu nem sabia que esse nome existia. Só então conheci, já que a banda punk em que o menino toca gaita de fole utiliza tal graça. Ketamina, hehe. Graças ao Joby eu voltei a ouvir Ratos de Porão, DFC, e principalmente Raimundos. Porra, raimundos, que do caralho. Sinto as vezes um banzo de não ter nascido um pouco antes e ter visto o show dos caras e do Planet, não ter ido ouvir o que o Leminski tinha pra me falar, o que o Itamar tinha pra me cantar. No momento estou ansioso pra ver o Augusto de Campos semana que vem, sujeito que cada vez mais aprecio e admiro. Sei que as pessoas não são as obras, mas ainda sou muito apegado a esta coisa de matéria, corpo, unha, cabelo. Sinto que os livros, apesar de serem o suprassumo do intelecto de quem o escreveu naquele momento, ainda são muito vazios, falta alguma coisa. Ou eu é que não estou sabendo ver. Miopía de terceiro olho é doença mais comum no hoje em dia. Devo tê-la também com certeza.


     Os livros sabem de cor
milhares de poemas.
     Que memória!
Lembrar, assim, vale a pena.
     Vale a pena o desperdício,
Ulisses voltou de Tróia,
     assim como Dante disse,
o céu não vale uma história.
     um dia, o diabo veio
seduzir um doutor Fausto.
     Byron era verdadeiro.
Fernando, pessoa, era falso.
     Mallarmé era tão pálido,
mais parecia uma página.
     Rimbaud se mandou pra África,
Hemingway de miragens.
     Os livros sabem de tudo.
Já sabem deste dilema.
     Só não sabem que, no fundo,
ler não passa de uma lenda.
 
 
P. Leminsky 

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