domingo, 18 de dezembro de 2011

Domingo!

Alto lá! Quem vem lá?

Saí fora do facebook. Sei não, talvez eu volte daqui um tempo.
Não levem em consideração opiniões de moleques que são velhos e rabugento por dentro, como por exemplo eu.
Se a função daquele treco é aproximar as pessoas, algum logaritmo deve ter dado pau, pois eu sentia só afastamento.
Tenho, ou tinha, o custume de trocar emails com algumas pessoas. Dizendo como estão as coisas, quais são meus rolês, chorando minhas mágoas idiotas, dizendo o que ando lendo, ouvindo, e todas essas besteiras que são as únicas coisas que sei, ou não, fazer.
A fita é que depois do advento do facebook, essa troca de emails foi cessando até que, no momento, coincidência ou não, os únicos com quem mantive esse costume são os que não possuem facebook.
Os outros todos estão lá no facebook, alojoados esporadicamente na barrinha com bolinha verde no lado direito, pra quando eu quiser falar com eles, convidar pra algo, aí eu sei que estão ali.
Sei só que, por fim, eu acabava que nunca conversava nada direito com eles. Nem com ninguém.
Ficava ali vendo as pessoas postarem, ou melhor, arremessarem alguma besteira, ou mesmo alguma coisa séria, naquele poço profundo, da onde nós, quando não arremessando algo também, assistíamos essa queda livre de informações em direção a um buraco diluidor.
Em geral as coisas eram grandes besteiras, de um humor que ainda não flagrei muito qual que é. Um humor que você ri,até gargalha, mas em menos de um minuto já esqueceu a piada e já está mirando o topo pra ver qual a próxima.
Foda.
Tempos atrás estive na casa da minha mentora, a primeira de todas, dona valéria, que depois de anos, de uma vida, está abandonando o ofício de professora.
Disse ela, não com essas palavras, mas com essa essência que vou tentar lembrar pois já fazem duas semanas, é que os alunos perderam a noção da realidade.
Nada mais os interessa, nada mais os fascina, nada mais os surpreende.
Nem a bagunça continua a mesma da época em que fui aluno dela.
E aí? Qual vai ser agora?
Nem a maior máquina de propaganda da história, a nazista, imaginaria que um instrumento de alienação tão grande surgiria no mundo.
Quem diria que para tirar a noção que as pessoas tem de tudo, o meio utilizado seria exatamente um que dá uma liberdade de acesso a tudo?
Complicado, mas agora, em minhas palavras, penso que logo menos esse problema se tornará um problema público.
Pessoas cada vez mais apáticas, trancafiadas em cúbiculos imaginários que nem sequer foram criados por suas próprias imaginações.

_Mas que bela merda nos metemos agora em capitão Corto!

De resto, não posso negar que por lá, as pessoas conheciam bem este blog, já que sempre que eu postava um texto ou um desenho aqui aqui eu tacava o link lá.
Se você que lê isso aqui quiser fazer essa pra mim, fica o agradecimento. Se não quiser também, digníssimo.

De resto to no email leocuririm@gmail.com

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