terça-feira, 13 de dezembro de 2011

quarta?

minhas tatuagens já nem mais falam tanto por mim, que já não deixo de atravessar a rua por medo de um assalto que logo mais logo menos vai levar de mim este gosto malévolo de amar as pessoas todas num abraço comprido. barril de pólvora de rastro aceso, uma prova é que neste natal já nem penso mais tanto na tradição de escrever meu testamento e esconder com as minhas cuecas dobradas e meus escassos trocados. tem também de exemplo o como eu também pra páscoa mudei meu pensar de agora e desta vez nem planejar minha viagem pra tal ilha vou. ler os sertões e contextualizar-me de vez das guerras médio-orientais, sem apelar desta vez pra quadrinhos, cartéis e comandos primeiro vermelhos, capital lã que insiste, representação e vontade eu confundo as sequelas da farroupilha com as chibatas, por que por fim ninguém pergunta e vou contado tudo em cordél dub pra download, num embolado sotaque cantado pros novatos que nem eu se perdem comigo como estrangeiros unidos em náusea.  empilho em montes de três as boas lembranças de garotas que por mim passaram, esperando que elas se lembrem e um tufão destes qualquer entregue a elas a certeza em onda de que comigo as utopias e utopias ainda me sustentam, mas que infeliz somente perdi num vão entre o armário e o colchão as grandes certezas que não cabiam em mim. meus textos, que por elas não serão lidos, deixaram de ser palco bem alto pra garotas de olheira suicidarem-se, não sem que eu não soubesse onde foi que de pouco em pouco eu morri pra isso, e cresci em paixão por discos, e por riscos. de nanquin eu penso que sou deus. deus pensa que sou só assim, o que escrevo. tomo o café ainda, e grito alto na oração pra ele saber que mas não sou, pois é que de cachorro todo mundo tem um louco escondido e fedido de chuva. poucos e poucos só, são aqueles os que aguentam e persistem atrás de gota que se esconde atrás da gota, lição seca videira de que pra molhar as angústias é preciso muito mais que água causalidade e corpo, enquanto que compromisso sei que basta. calejados sofrem mais pois são difíceis de se impressionar.  poesia intuitiva não conta saldo positivo no juízo final. e em tudo ao meio, nem preciso foi a fuga pra que dissesse ela o que eu queria ouvir, que você vive é sendo exceção,e se eu sabia, não cabia em palavras, períodos não limitavam-nos. aceito o fim do ano, o chester e o champanhe de maçã que vocês me empurram, se vocês acreditarem que eu existir é mesmo e com certeza a maior mentira que já contei.

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