quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

sexta já

Linda bonita quando o sol sola e floresce
assim sossego me apetece
de desejo faço prece
por seu vestido velho de guerra
visto no chão pelo seu olho pelado
seu só sorriso sério de graça
de quem não com nem passa contato
e perpassa contrato em vez
de ser só mais desta vez  

no tempo oral que não se mistura
com alcool nem ultrapassa
60mg limite barra dia
respiro fundo e digo
é logo lego agente casa
e se encasa num pico construído
alvenaria de pau pós lua de pica
onde noitadas deitado afogo
a parcela paga do sofá é única
do esquecido resto de dinheiro
escondido atrás da garoa

que só faz com que essa garota
pra agua nem ligue mais
nem liguem mais
se a pé ninguém encontra
e de carro atolar no barro
fumano fumá flor olha meus lírios dois campos
lembrando refúgio de irmão
esquecido em vida
concreto na sua preguiça
mas constante na voz de ouvido
que me confunde noite inteira
confiar em gauche geleira
agosto mês de seca
gravidade superada
por falta de signo no céu da boca
sento no chão e
ascendo
enfim de novo a vida


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